floquinhos

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Soneto a quatro mãos

)

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.



(Vinicius de Moraes / Paulo Mendes Campos)

12 comentários:

Unknown disse...

Lindíssimo minha amiga!

Beijinho,
Ana Martins

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Ana Martins

Obrigada, Ana
Beijos e ótima noite para você

Paloma disse...

DULCE, antes que terminasse de ler
o soneto, eu já sabia tratar-se de
Vinicius de Moraes. Ele tinha um
estilo de escrever muito peculiar.
Grande Vinicius!

Beijos

Catarina disse...

Uma boa dupla! : )

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Paloma

Inconfundível, não é mesmo?
Beijos

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Catarina

Sem dúvida... Da melhor qualidade.

Patti disse...

Um grande beijo, Dulce. Bom ano!

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Patti

Obrigada!... Grande beijos para você também e um 2011 muito feliz.

AFRICA EM POESIA disse...

DULCE

O mundo è Grande
É Redondo...
Dá para darmos as mãos e sentirmos que estamos perto

vou estar uns dias fora (HOLLANDA) espero que me alegrem o blog
Um beijo.

Pitanga Doce disse...

A gente pensa que tudo já foi dito, mas sempre há alguma coisa a acrescentar. Vai nascendo dentro da gente a necessidade de dizer. É isso.

Boa noite Dulce e chove muito aqui, mas ainda nada que se compare a SP.

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Africa em Poesia

Faça uma boa viagem e aguardamos seu regresso
Beijos

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Pitanga Doce
E um desabafo ajuda sempre, minha amiga.

Por aqui enfrentamos mais uma nevasca, muito pior do que a anterior. Tudo parado, tanta neve que perdem-se os contornos das coisas... Nem os caminhões que limpam as ruas deram conta do recado e agora aguardam que a neve diminua, mesmo porque, quem se atreve a sair de casa com mais de meio metro de neve para afundar os pés ao caminhar? De carro, então nem se fala!... Menina!!!!!! até a alma fica cinza.

Beijos e espero que o sol brilhe sobre seu Rio.