floquinhos

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Na madrugada insone...

O calor é quase sufocante neste fevereiro que já caminha para o seu final. É quase madrugada e fico aqui, neste terraço, tentando adivinhar estrelas que estão escondidas pelas nuvens, tentando imaginar onde estará a minha lua... Faz tempo que não conversamos, ela e eu, mas nesta noite a alma está nostálgica, pedindo colo, abraço, carinho e, sensível, põe-me lágrimas nos olhos ao compasso da música que traz lembranças. As rosas que chegaram hoje cedo parecem ressentirem-se do calor da sala, então coloco-as aqui sobre a mesinha ao meu lado e talvez a fresca aragem da noite as revigore. Mas não seriam as rosas, como certos sentimentos, frágeis como um lindo cristal que depois de partido nunca mais volta a ser o mesmo? Desses que não há restaurador que dê jeito? Ah, imagino que sim...

E aqui fico, olhando para esta cidade que não dorme, para as milhares de luzes que ficam brilhando, pisca-piscando até lá longe, onde a vista se perde, vendo o brilho dos faróis que cortam as ruas quase silenciosas, tentando tecer enredos e histórias que poderiam estar acontecendo em cada canto desta minha Paulicéia tão desvairada... E fico imaginando amores e desamores, encontros e desencontros, sonhos e pesadelos, esperanças e desesperanças, paz e angústia, tantos sentimentos antagônicos envolvendo minha gente e provocando revoluções em suas almas.

E aqui neste terraço que às vezes fica encantado, fico perdida em meus pensamentos. Fecho meu olhos deixando-me levar pela música que chega através dos fones de ouvido e vai envolvendo minha inquieta e nostálgica alma em mais uma madrugada de insônia e sonhos...

2 comentários:

Anônimo disse...

Que inveja, Dulce! Estou farto de frio, chuva e dias cinzentos. Este Inverno está quase a provocar-me uma depressão. Preciso dos ares do Sul, que este Inverno não pude visitar, como é meu hábito.
Beijos

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Carlos

O inverno já está terminando, meu amigo, e logo terão por ai os lindos dias de primavera. Um pouquinho mais de paciência, mais umas noites ao pé do lume (gosto tanto dessa expressão que minha mãe costumava usar quando falava sobre seu distante Portugal)...
Mas preciso confessar que gosto de um friozinho... rs...
Beijos e boa noite